segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Right

Acredito na liberdade, no direito. Acredito que tenho direito de crer nas pessoas e isso acarreta na possibilidade de me decepcionar com elas. A questão é que hoje vivo o meu direito de calar e de fingir sorrir. Vivo o direito de pensar que as coisas seriam bem diferentes. E porque não, viver também a angustia da dúvida. Quase nada nessa vida é indubitável. Nesta tarde, escrever está sendo o sinônimo de viver, pois escrevendo sinto uma ínfima alegria por realmente conseguir dissipar uma parte do que sou, do que vive o meu coração. E eu sou essa inconstância entre as alegrias e medos. Eu tento organizar em mim os milhões de planos e expectativas, anseios e assombros que rondam minha mente. Eu planejo, eu rabisco, eu arquiteto. Eu monto meus momentos, eu dramatizo sozinha, eu escrevo um poema, eu falo da canção. Eu me perco aqui e agora. Eu me acho nas minhas palavras, nos meus papéis, nas minhas caixas, nos meus lápis. Eu me acho... Porque é uma hora da tarde, o céu está lindo lá fora e eu preciso seguir. Eu preciso viver.

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